Hiperatividade com Défice de Atenção: Programa “Linha da Frente” da RTP

 

No passado dia 6 Junho 2015 foi tema de análise no programa Linha da Frente da RTP a Perturbação de Hiperatividade/Défice de Atenção (PHDA). Poderá obter mais informações sobre esta perturbação neurodesenvolvimental aqui e aqui. Com o título Cérebro Meu, este episódio procura abordar o aumento do número de diagnóstico de PHDA e da prescrição de medicamentos como terapêutica para esta perturbação nos últimos anos.

 

Obviamente que a avaliação clínica da PHDA é um processo de avaliação complexo, pois envolve a aplicação de um vasto protocolo clínico: observação do comportamento, aplicação de questionários (rating scales) sobre o comportamento da criança nos vários contextos, análise de diversas variáveis neurológicas, neuropsicológicas (funções executivas, atenção e memória de trabalho, entre outras), cognitivas, psicossociais e familiares. Assim, para uma correta avaliação de diagnóstico na PHDA é indispensável recorrer a profissionais experientes na área, uma vez que várias variáveis podem estar a “mascarar” os comportamentos desajustados exibidos pela criança, sendo importante um diagnóstico diferencial para excluir outras problemáticas. Dado que a intervenção na PHDA pode envolver, na grande maioria das vezes, uma terapêutica farmacológica (em paralelo com uma intervenção psicoterapêutica e psicossocial), uma avaliação de diagnóstico incorreta poderá conduzir a um conjunto de efeitos adversos (mais informação no Portal da Hiperatividade com Défice de Atenção).

 

Eis a sinopse do programa Linha da Frente da RTP subordinado ao tema “Cérebro Meu” e respetivo episódio:

 

“Cérebro Meu” é uma reportagem sobre o assustador aumento do número de crianças diagnosticadas com a perturbação de hiperatividade com défice de atenção. Esta doença afeta sobretudo crianças em idade escolar que revelam ser demasiado desatentas, desconcentradas e desobedientes. Para contrariar este comportamento, são prescritos medicamentos cuja substância ativa é uma droga que atua ao nível do sistema nervoso central. Em 10 anos os medicamentos para esta doença, aumentaram as vendas em 1100%. Mas nem todos os casos estão bem diagnosticados. Ao longo de 5 anos acompanhamos o processo do Duarte. Durante este tempo, Duarte andou a tomar esta substância, mas afinal não tem hiperatividade com défice de atenção. Então, o que poderá acontecer ao cérebro de uma criança que andou a tomar uma droga para uma perturbação que não tem?